sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Facebook e Youtube fazem bem para a memória. Mas o Twitter não


YouTube e Twitter fazem mal à mente. Facebook, pelo contrário, não. No entanto, ajuda a melhorar as capacidades mnemônicas. A afirmação, muito drástica, é da doutora Tracy Alloway, psicóloga da Stirling University, com sede na homônima cidade escocesa. A reportagem é de Jaime D'Alessandro, publicada no jornal La Repubblica, 08-09-2009. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Fonte: UNISINOS



A sua última pesquisa, que se tornou conhecida nestes dias no British Science Festival em Guildford, logo fez com que se falasse dela em toda a Internet. Porque Alloway defende, sem meios termos, que não depende do tipo de uso que as pessoas fazem do YouTube ou do Twitter, pois ambos são prejudiciais em seu conjunto. Particularmente o segundo, porque, com todas aquelas atualizações enviadas pelos usuários continuamente, compostos por poucas frases, ele não permite que se elabore adequadamente as informações. O que teria um péssimo efeito na nossa memória, ou melhor, na memória de curto prazo, a chamada "working memory". Conceito recente da psicologia cognitivista, que começou a distinguir entre a memória que adotamos para tratar temporariamente as informações e elaborá-las e aquela em que são arquivadas.

Por isso, desse ponto de vista, o Facebook é salutar, porque permite que se interaja em formas menos frenéticas e sincopadas, assim como os videogames de estratégia, como "Total War". O Twitter, ao invés, fundado em 2006 por Jack Dorsey, 33 anos, nascido em St. Louis, emburrece. O que não irá agradar os seus 45 milhões de usuários.

"Na realidade, é difícil fazer distinções tão claras", explica Francesco Antinucci, diretor da seção Processos Cognitivos e Novas Tecnologias do Instituto de Psicologia do CNR [Conselho Nacional de Pesquisas], que publicou justamente nestes dias um novo livro intitulado "L'Algoritmo al Potere" [O algoritmo no poder]. Livro que, coincidentemente, também fala, dentre outras coisas, do YouTube.

"Certamente, os videogames e tudo o que é jogo, pouco importa se presentes no Facebook ou em outros lugares, são uma forma de aprendizagem", continua Antinucci. "Porém, é preciso ver se o que se aprende é estupidez ou não. Além disso, as redes sociais já são estruturas complexas, e a sua função mudou com o tempo, transformando-se nas mãos das pessoas, às vezes inesperadamente. Não estou falando tanto do fato de que Mark Zuckerberg, em 2004, quando deu vida ao Facebook, não esperava que, em cinco anos, a sua rede alcançaria o número de 240 milhões de usuários. Mas que ele não podia saber que as pessoas utilizariam-na de maneiras tão diversas".

Enfim, todas as realidades da Internet levadas a exame por Alloway seriam ecossistemas em evolução que se adaptam como se fossem espécies animais. E então é de se perguntar em qual momento fizeram mal ou bem e, principalmente, a quem. O que se sabe é que a psicóloga escocesa realizou testes nos últimos meses com adolescentes e pré-adolescentes de Durham, nordeste da Inglaterra, entre os 11 e os 14 anos. Todos com dificuldade de aprendizagem. E se o Twitter, por um lado, agravou a situação, outros instrumentos digitais que compreendem não apenas os videogames de estratégia, mas também o Sudoku [quebra-cabeça baseado na colocação lógica de números], fizeram com que os quocientes intelectivos dos jovens crescessem em 10 pontos.

Um resultado confirmado também por outras pesquisas realizadas no passado. Mas, obviamente, nem todos estão de acordo. Existem muitos outros que defendem o oposto, chegando até a indicar os jogos eletrônicos e a Web como uma das principais causas da agressividade dos adolescentes. Talvez porque, como escreveu Christopher J. Ferguson, pesquisador da Texas A&M International University, em um livro sobre artigos relacionados aos efeitos das mídias digitais, são campos onde os preconceitos dominam em um sentido ou em outro. Reflexo daquela desconfiança geracional própria também do mundo acadêmico que surge quando se fala de tecnologia.

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