sábado, 28 de março de 2009

Para que servem mesmo as agências classificadoras de risco?

A companhia de seguros AIG recebeu a nota “AA” e o banco Lehman Brothers recebeu “A” (notas que apontam baixíssimo risco e alto grau de confiabilidade para investimentos), um mês antes de seu colapso. A partir deste exemplo, articulistas do The New York Times recomendam que investidores rompam com a dependência aos conselhos dessas agências na hora de definir investimentos. "Em vez de dependerem de letras arbitrárias, os investidores deveriam considerar toda a informação disponível sobre um investimento, incluindo aí os preços do mercado".

Agência Telam - Argentina. Tradução: Katarina Peixoto. Fonte: Agência Carta Maior

Em um artigo publicado dia 17 de março no The New York Times, articulistas do jornal questionam se os investidores e reguladores do mercado devem seguir ouvindo os conselhos das agências classificadoras de risco ou “provedoras de informação financeira”. O texto intitulado “Com um F de Fracasso”, assinado por Jerome S. Fons e Frank Partnoy, analisa o desempenho de empresas como Standard & Poor’s e Moody’s durante a crise econômica.

Os autores – que já fizeram parte das equipes técnicas dessas agências – perguntam por que, depois de mais de um ano de crise e diante da ausência de qualquer alarme sobre sua eclosão, os reguladores e investidores continuam dependendo das “provedoras de informação financeira”. Uma “classificadora de risco” é uma empresa que avaliar o quão seguro é investir dinheiro em um país ou em alguma corporação.

Os articulistas citam o exemplo da empresa de seguros AIG que recebeu a nota “AA” e do banco Lehman Brothers que recebeu “A” (notas que apontam baixíssimo risco e alto grau de confiabilidade para investimentos), um mês antes de seu colapso. E atribuem esse erro a problemas decorrentes de “má regulação”.

“Muitas regulações financeiras e empréstimos a empresas e economias nacionais dependem dessas qualificações, de onde uma nota A pode destravar um mercado e um C torná-lo um deserto sem créditos”, escreveram. Fons e Partnoy acrescentaram: “A maior parte do pânico na AIG surgiu de qualificações automáticas nas operações de troca de dívida por ações, nas quais pagamentos de bilhões de dólares estadunidenses dependiam de como Moody’s e Standard & Poor’s classificavam o risco de crédito da AIG”.

Eles explicaram que “neste contexto, reduzir uma categoria da AIG teria significado um aumento de US$ 8 bilhões em seu passivo. E se as agências Standard & Poor’s e Moody’s vivem dos milhões que cobram de empresas como AIG para avaliar suas ações, poderiam agir para quebrá-las economicamente?”, perguntaram.

A partir dessa conclusão, os articulistas recomendaram terminar com a dependência gerada pelas agências classificadoras, tanto para as regulações sobre crédito quanto para os investimentos privados. “Os mercados financeiros podem funcionar sem estas agências”, defenderam. Em vez de dependerem de letras arbitrárias, acrescentaram, os investidores deveriam considerar toda a informação disponível sobre um investimento, incluindo aí os preços do mercado. Por fim, recomendaram aos investidores o uso de uma ferramenta esquecida, mas de nenhum modo obsoleta”: “Essa ferramenta se chama juízo”, concluíram.

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